sábado, 7 de janeiro de 2017

Celular em sala de aula: problema ou oportunidade?


O telefone móvel já faz parte da vida de mais de 50% da população brasileira. O aparelho pode se tornar um rico instrumento de aprendizagem. A grande maioria dos smartphones atuais possui inúmeros recursos que podem ser utilizados nesse sentido: câmeras, gravador de voz, mapas, além de, é claro, o acesso à internet. Estar conectado em sala de aula não necessariamente significa distração e perda de foco. Quando bem direcionada, essa alternativa é também uma maneira de aprender como pesquisar, coletar dados e referências e inteirar-se de assuntos atuais em tempo real. Ou seja, o aluno acaba se tornando o protagonista do próprio aprendizado.
Em uma aula de geografia sobre a América, por exemplo, que tal incentivar os alunos a buscarem em seus dispositivos móveis os dados recentes sobre demografia, política, aspectos sociais e curiosidades inerentes aos países pertencentes ao continente?

Obviamente, o uso de celular em sala de aula sem nenhuma estratégia ou tipo de controle não é, absolutamente, recomendado. O ideal é que o professor consiga, junto da coordenação, desenvolver práticas pedagógicas que insiram o aparelho móvel de maneira lúdica e voltada para o estímulo da curiosidade do aluno.

Quando utilizados da maneira correta, os celulares em sala de aula têm o poder de melhorar sobremaneira a motivação e o nível de aprendizagem dos alunos. Por meio deles, é possível incrementar as aulas e oferecer conteúdos mais interativos e que despertem o interesse genuíno do aluno em participar do processo. Outra possível maneira de inserir o uso de celulares em sala de aula de maneira construtiva é por meio da produção de conteúdo digital. Com as câmeras de foto e vídeo dos aparelhos cada vez mais sofisticadas e potentes, é possível propor atividades que explorem esses recursos. Criação de telejornais, entrevistas e produção de filmes curtos estão entre as opções.

Em certas ocasiões, pode ser difícil para o professor, por exemplo, controlar de perto o que cada aluno está realmente fazendo ao mexer em seu celular: participando da atividade proposta ou simplesmente navegando sem propósito pelas redes sociais. Daí a importância de se estruturar estratégias e propostas que facilitem a vida do educador, utilizando ferramentas certeiras e que engajem verdadeiramente os alunos.

Por isso, é fundamental que os professores, junto da coordenação pedagógica da escola, possam elaborar propostas educacionais bastante claras nesse sentido, e que deem todo o suporte necessário aos profissionais da educação. Assim, os celulares poderão passar de vilões a protagonistas dos processos de aprendizagem e educação.

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